Sensações

Acuado

Amarrado

Alguém? Me tire daqui

Acorrentado

Desesperado

Preciso ser salvo de mim

Deixe-me gritar

Extravasar

Quero explodir essa carne

E a sociedade

Que tanto controla

Agora, sou eu quem invade

Amarrado

Amordaçado

Jogado num canto qualquer

A espera de ajuda

De uma mão amiga

A espera de quem vier

Indecisão

Dor,

Estranha dor

Que me aperta o peito,

Que me aprisiona a alma

Na indecisão.

Estranha dor da vergonha,

Da angústia,

E do medo

É uma maldição.

Porque sentir tanto medo assim?

Onde estão estas lágrimas que não caem?

Este grito engasgado,

Esta resposta escondida.

Oh! Solução dos problemas

Será que você existe?

Porque não me procuras?

Onde está você que não acho?

Pior que lutar é perder,

É nadar e morrer na praia,

É sentir-se derrotado,

E saber que esta.

Pamilla

Beleza não se compra,
Não se vende,
Simplesmente se tem.

Beleza não se discute,
A gente procura,
Encontra,
Ou a tem refletida por alguém.

Beleza é algo inerente,
Um aditivo atraente,
Que eu, encontrei em você.

Seja num simples sorrizo,
Ao balançar dos cabelos,
Ou no jeito agradável de ser...

Opções.

Quatro paredes,
Uma porta,
Uma fechadura,
Trancado.
Este é o ambiente.

Sem uma palavra amiga,
Sem o sorriso dos colegas,
Sem minha própria companhia,
É assim que deve ser.

Dormir,
Apagar,
Desmaiar,
Qual a melhor opção?

Quando não se tem o que dizer,
Quando nada se quer ouvir,
Temos a opção.
Escolha feita: a solidão.

Querer é poder!

Eu?
Eu cansei dessa tal solidão,
Dessa desilusão,
De não estar apixonado.

Eu?
Eu quero alguém para chamar de meu,
Quero alguém que me diga que sou seu,
Ter e ser propriedade.

Eu?
Eu quero é jogar conversa fora,
Brigar, gritar e ir embora,
Dizer que ela é chata,
E que eu não aguento mais.

Eu?
Eu quero é voltar no outro dia,
Com cara de cachorro que caiu da mudança,
Te oferecer uma flor,
E dizer que te amo.

Eu?
Eu quero é ter o poder,
Poder de dizer ao mundo que estou apaixonado,
Que foi maravilhoso o sabor do simples sabor do sorvete que ontem tomamaos juntos,
Quero fazer cara de paisagem,
Quero ter ciúmes,
E ser zoado pelo simples fato de amar.

Solto no mundo ao natural,
Beleza rara e ocidental,
Nunca vi coisa igual,
Naõ é um humano nem um animal.

Foi nas estradas que te encontrei,
Aqui nas ruas nem reparei,
No meu percurso é que notei,
E por ser tão simples te admirei.

Sua rusticidade tão atraente,
Sob a luz do sol resplandecente,
Nos faz sorrir naturalmente,
Por ser você tão envolvente.

O vento bate, as folhas caem,
Sua fragilidade se sobressai,
É como uma luz, que de ti sai,
Iluminando o caminho que vai.

Deves ornamentar jardins de castelo,
Por ser assim: imponente e belo,
És impressionante,
Ipê amarelo.

Perfeito?

“Eu ando pelo mundo divertindo gente, chorando ao telefone”.
Às vezes acho que a inteligência é algo muito louco, e a alienação realmente necessária. O ser dotado da compreensão da complexidade de seus problemas só pode ser insano.
Ninguém é o que realmente apresenta, somos apenas uma representação do que acreditamos estar mais próximo da perfeição. E é por isso que somos seres inconstantes, afinal, o próprio modelo de perfeição sofre lapidações constantes.
É preto é branco, depende do lugar.
É alto é baixo, onde você está?
É gordo é magro, depende da concepção.
Inteligente, ignorante, tem-se que contextualizar.



16/02/2007